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| Gostaria de saber se o fato de eu me sentir tão lúcida, porém não conseguindo me controlar, quando recebo certas entidades é comum. Se posso parecer estar fingindo e por que isso ocorre com algumas pessoas e com outras não? |
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O nível de consciência durante o transe de incorporação pode variar de um médium para outro e também de uma incorporação para outra ou mesmo de uma entidade incorporante para outra. Podendo ir do estado de inconsciência à consciência, passando pela semi-consciência. Estar consciente é uma oportunidade do médium de participar do trabalho, mas para isso é preciso se preparar para trabalhar em parceria com a entidade comunicante. O estado de inconsciência na incorporação é necessário quando a entidade incorporante precisa assumir o controle total do médium, para não comprometer o trabalho ou o que está sendo comunicado, isto quando o médium não tem a devida preparação para contribuir com o trabalho ou por qualquer outro motivo em particular. O médium quando tem um certo nível de consciência na incorporação, considera-se que ele pode colaborar com o trabalho. Para tanto ele terá que desenvolver a capacidade de perceber o que é pensamento seu e o que é pensamento da entidade comunicante. Por isso que são necessárias as sessões de desenvolvimento nos centros de Umbanda, para que médium e entidade possam conquistar a harmonia e o equilíbrio nas incorporações, preparando-se para o trabalho efetivo. Paralelamente o médium deve buscar instruir-se nos assuntos espirituais, visando facilitar a transmissão das idéias da entidade comunicante. Tenha em mente que este é um trabalho em conjunto. É natural a pergunta: será que sou eu quem está falando? Sim é você, mas sob o controle da entidade incorporante. O que pode variar é o grau de interferência anímica nas comunicações, ou seja, a sua interferência nas idéias da entidade comunicante. Para concluir, existem manifestações puramente anímicas, ou seja, manifestações onde não há a participação de nenhuma entidade comunicante. O transe psíquico é semelhante a uma incorporação, mas nesse caso, produzida consciente ou inconscientemente pela pessoa, que em geral, alimenta um forte desejo da manifestação mediúnica. Não confundir com mistificação, pois neste, a pessoa finge manifestar uma comunicação mediúnica de forma consciente e premeditada, sem passar por nenhum transe psíquico. |
